segunda-feira, 15 de junho de 2009

No país de Kiarostami (2)

O candidato «derrotado» Mir Hossein Mousavi, apresentado como reformista, pode representar a oportunidade de que algo mude. Para a maioria de jovens sub-28 (60% da população) não vale a pena ser desmancha-prazeres e relembrar o historial de Mousavi, pelo apoio ao programa nuclear ou a condena de Salman Rushdie, concluindo a sua pertença visceral ao regime. Depois Mousavi passou os últimos 10 anos na Academia de Artes Iraniana. A pintar. É várias vezes preferível a incógnita Mousavi. No entanto, como verdadeiramente genuíno, só mesmo as ruas de Teerão e a vontade das novas gerações iranianas se aproximarem a uma massa crítica que se torne, como já li diversas vezes sem me dar nenhuma vontade de rir, a «europa do médio-oriente». Eles conhecem a história e reivindicam a sua origem persa, não árabe. Podem não ser apenas simbólicos os ajuntamentos nas imediações da universidade. As declarações de circunstância por parte do ocidente, «a monitorização dos acontecimentos», faz parte da «nova era» Obama. É o virar costas aos jovens que protestam nas ruas, literalmente podem perguntar: «onde fica a casa do meu amigo?»

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