segunda-feira, 15 de junho de 2009

Los lunes al sol

Às segundas ao sol; e desta vez o motivo é mesmo uma greve com pouco sentido. O sector do metal em Pontevedra, sobretudo em Vigo, está (e nunca melhor dito), a ferro e fogo. O sector emprega 27 mil pessoas que se encontram reféns das manipulações dos sindicatos. Num ano em que o desemprego e as deslocalizações são a principal preocupação aparentemente o que está em causa é mesmo o «vil metal». Na negociação do contrato colectivo os sindicatos continuam intransigentes. Pedem um aumento salarial que não corresponde à proposta dos «patrões» (nem provavelmente, e segundo se ouve, à realidade) e não diferenciam a construção naval, o sector eléctrico ou o sector automóvel provocando divisões, jogando com o desconhecimento e engendrando mal-estar social. Fala-se até, imagine-se, em bloquear os acessos aos concessionários da Citroen. Isto numa altura em que a multinacional francesa pondera mais investimentos no complexo vigués.
A greve dura há vários dias sem que haja o mínimo respeito pelo direito de quem quer trabalhar (e são a maioria) através da formação de piquetes verdadeiramente «terroristas», conforme denunciam muitos trabalhadores. A greve está também a afectar, indirectamente, outros sectores subsidiários do «metal» e a perigar a existência de algumas pequenas empresas. A cidade está «hasta los huevos» com as constantes manifestações que a deixam em verdadeiro estado de sítio, criando sérios prejuízos para o concello, muitos transtornos para a mobilidade do cidadão e, principalmente, uma má imagem que pode pesar na hora de captar investimento - ou manter o actual. O exemplo de Vigo prova, mais uma vez, quanto as centrais sindicais estão politizadas. Os dois ou três dirigentes, espécie de máfia, nem param para pensar. São mesmo os primeiros a originar uma profunda reprovação por parte da restante sociedade.

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