Ainda na ressaca do Robert Schneider, o escritor da aldeia austríaca: "Senhora minha mãe, que quer dizer «amor»?" A mãe sorri e ajeita o capuz ao menino. Foi a única resposta, num acto breve. Uma história narra. Não responde a perguntas. Encontra-se alguma utilidade na vida de um talento perdido, como era o caso, como em todas se encontra. Não se responde a perguntas, mas há quem as faça.
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Existe uma familiaridade nos pátios alfacinhas. As portas e janelas tapadas por calças e roupa interior a pingarem. Aparecem rapariguinhas envergonhadas. Colhidas de camisa de dormir por estranhos de olhar interessado. Espreitar por postigos é um português modo de ser. Com as variantes contemporâneas que a mudança de hábitos e moradas obriga. Em que degenera, é bem capaz de ser uma degeneração, desviar o cortinado escurecido do postigo, qual é a correspondência com o tempo do crédito malparado? Dúvida de dias seguidos.
( 2005, adaptado)
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