Eu mereço este post

Depois da interrupção na actualização diária volto um pouco agastado ou não tivesse falhado mais um ano a Feira do Fumeiro de Montalegre, que como parece evidente mesmo para aqueles que não atribuem grande importância ao facto de Louçã franzir muito a boca ao sorrir, é o sítio mais digno de visita nestes meses enregelados do ano. Falta-me regra, falta-me tradição, e uma boa posta barrosã no prato. Gosto de coisas que façam mal a longo prazo, enchidos por exemplo, comer um bom enchido curado por fumagem, carne e gordura rija, é oposto daquela outra situação, mas funciona como complemento, dar a encher e fumar um cigarro, isto se me é dada oportunidade de fazer paralelismos a despropósito, como é minha marca sempre que estou bem disposto, o que acontece cada vez que me levanto depois do meio-dia, aliás muitas vezes ao ano, comparação assim sem vergonha no mesmo post onde falo de Montalegre, que cá em terras amenas também se monta alegre, mas é diferente. Não sei o que me hei-de fazer, talvez tomar acto sexual frequente com uma menina tipo Daniel Oliveira e ouvi-la muitas vezes sobre liberdade de expressão, isto se para o ano falhar de novo o intento. Aquela feira regional é fetiche que sobra. Porque vir-me para cima de meias escuras de ligas já está concretizado e visto que é bom. Vergasto-me com palavras. Não só o local é lindo, não só se come bem, não só as trocas gasosas são feitas com grandes golfadas de ar, não só há frio e lenha a arder, não só a companhia seria motivante, como este ano também houve neve abundante e não incipientes farrapos brancos a dissolverem-se no chão da cidade suja.