As jovens mães podiam levar as crianças ao parque e empurrá-las no baloiço; e entretê-las e brincar com elas (sujeitas às nódoas e aos repelões próprios do jogo com as crianças). Podiam rir-se (mostrando os dentes todos) e, se necessário, deixar descobrir os músculos melhores das pernas e dos braços; entre outras possibilidades, podiam apanhar o cabelo (para não cair nos olhos, por causa do suor, e depois soltar o cabelo, por causa da alegria), fazer corridinhas, perder as corridas (simular decepção) beber água (só para molhar os lábios, cuspir a água), regressar de mão dada, um pouco suadas, um pouco cansadas, um pouco felizes.
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Como dizia Roland Barthes, a Lei, a opinião estabelecida, a Ciência, não querem compreender que a perversão simplesmente traz felicidade, produz um mais: sou mais sensível (mais atento, sujeito à comoção), mais eloquente (inaugurando outra linguagem), distraio-me melhor. E é neste mais que reside a diferença.
(Reescrito.)
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