segunda-feira, 29 de março de 2010

Samuel Riba

Depois de deixarem os presentes na cómoda, de ocuparem metade do tempo da visita a discutir qual o melhor sítio para deixarem as flores (para seguirem viçosas), depois me explicarem detalhadamente o modo como a vida flui, depois de me contarem da sua moral, preparados para uma história que nunca vai existir, voltam a sentir-se bem, contentes com o espelho, franqueiam as ombreiras a assobiar, ignorantes do quão irremediavelmente estou no caminho das regiões inferiores.

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