sexta-feira, 3 de julho de 2009

Rol de cornudos

Depois de uma semana de trabalho sem sequer mirar os media portugueses nada como chegar a casa, depois das tapas do costume, e inteirar-me das notícias. É relaxante. E quase picaresco. Maria João Pires toma a decisão – bem portuguesa – de renunciar à nacionalidade. É uma espécie de paradoxo. Uma no cravo e outra na ferradura. Ao mesmo tempo que tenta simbolizar uma genuína aversão para com o nosso querido país comporta-se verdadeiramente como uma portuguesa dos sete costados. O verdadeiro português renuncia a ser português. Com papel e tudo. Depois Manuel Pinho. O picaresco continua. Devemos ter presente que apesar de tudo existe alguma igualdade em Portugal. Atingiu-se um equilíbrio tal na sociedade que chegámos ao ponto de «conseguir» uma criatura como Lino, o visionário da «West Coast», embora sem ter pensada uma única ideia para o turismo e limitando-se a «apanhar as canas» de cada vez que alguma empresa privada criava postos de trabalho, como encarregado de estimular a economia. Vou matutando em que categoria inscreveria Don Camilo José Cela a Pinho, que por estes dias terá sido um «grande ministro». Menos um.

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