terça-feira, 19 de maio de 2009

Lista que termina mal (2)

Outros dois escritores merecem figurar na lista que termina mal. Lista que toma forma quando me apercebo da relação subjectiva entre os destinos daqueles que são, objectivamente, os meus escritores de eleição. E suponho que a minha inclinação por judeus, que começou por ser uma singela estima onomástica, tenha contribuído para aumentar o grupo. O beatnick Jack Kerouak também dignou a vontade crónica de desistência através das substâncias aditivas. De novo, o álcool aparece como um companheiro fiel embora demasiado exigente. E, como não, Sylvia Plath que na sua casa de Londres, enquanto os filhos dormiam enfiou a cabeça num forno de gás. Suponho que este dado final possa ter sido reinterpretado por alguma feminista aflita. O problema de Plath foi ser aborrecida desde sempre. Em A Campânula de Vidro dava muitas ideias, embora todas pouco aproveitáveis:

“O problema em saltar de uma janela é que, se não se escolhe o número certo de andares, há o perigo de se ficar vivo quando se chega cá abaixo. Mas sete deviam ser já uma distância bastante segura”.

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