Poucos dias depois de vir para Espanha recebi em Lisboa um «invólucro mensagem» das finanças com uma multa de 124 euros por não ter apresentado um papelinho que fazia falta. Li no sábado que afinal não fui o único. Não existiu informação apropriada da obrigatoriedade da apresentação embora, por exemplo, me tenha deslocado o ano passado algumas vezes às finanças por ser o primeiro ano – e por iniciativa própria, único ano - que trabalhava a recibos verdes. Entretanto já recebi 3 e-mail’s do «inspector das finanças» a sugerir o pagamento da dívida de «baixo valor» para não perder benefícios, etc. Poderiam ter usado o mesmo canal como modo de informar. E acontece que o papelinho reduplica informação já prestada e portanto a «normativa» é totalmente burocrática e oportunista relativamente ao saque ao trabalhador incauto. Isto poderia ser mais uma «história», pecando ainda assim na dimensão da estupidez, análoga às participações de um qualquer pequeno ou médio empresário português no fórum TSF. No entanto ontem, e depois da noticia do Público, o hipotético governo recua na medida retirando qualquer dúvida que restasse sobre a absoluta desonestidade do «sistema» que está mais interessado em cobrar impostos à conta dos falsos recibos verdes do quem em acabar com eles. Mandá-los para onde?
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