"(...) Cavaco seria apenas o economista a quem falta «uma dimensão humanista» (ninguém explicou bem o que isso é), o professor, o homem que não exibe a sua biblioteca diante das câmaras nem cita de cor os «Lusíadas». A esses falta perceber que «cultura» não é essa invocação permanente de bibliotecas - mas um certo sentido de tolerância, a disponibilidade para ouvir, o esforço de compreender, elegância na forma como se escutam as críticas e como se tolera a diversidade. Creio que, depois destas eleições, regressamos à normalidade, à vida concreta, às tarefas comuns. Não vão cumprir-se as profecias de tragédia e de catástrofe, anunciadas para o caso de Cavaco Silva ser eleito. Os eleitores não tiveram medo; já ninguém receia ameaças.(...)"
Francisco José Viegas, no JN.
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