domingo, 12 de junho de 2011

Almoço

O filho do carnicero veste fato e gravata. Aceitemos que isso remete para determinada condição bem sucedida. Almoçamos. Recorda quando ajudava o pai aos Sábados de manhã no talho. O segundo prato é paleta de cerdo com batatas assadas (e muito molho). Da mesma maneira que as mães procedem com os filhos pequenos, o filho do carniceiro pega na faca e no garfo e corta o naco de carne em pequenos pedaços. Depois deixa a faca suja (cheia de molho) perto do meu copo e come o resto da refeição só com o garfo. É o primeiro a acabar. Não me dou conta de como consegue comer só com o garfo mas termina com uma cedência: parte um pouco de pão e limpa os últimos vestígios de alimento. Depois levanta a cabeça e, enquanto mastiga, ri-se para mim. Rimo-nos os dois porque somos bons amigos.

(Reescrito.)

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