quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Relação de poder

A relação de poder, preferencialmente simbólica e prazenteira, devia estar reservada à intimidade. Mais uma vez era isso que Álvaro Pombo dizia, o abandono da linguagem amorosa em favor da militância, o esquecimento da psicologia (lido em termos de «acto falhado») e a queda vácua para os «bons sentimentos». O que se passa actualmente é a banalização e o menosprezo da relação de poder. Acabam em algo descarado, desalmado, frustre, com as calcinhas baixas enquanto dura a angústia da espera. Os exemplos são tão frequentes que já ninguém nota. Mas o broche está aí: à frente de toda a gente, através da rede de criadagem que se «dedica» à coisa pública. É isso o progressismo, o broche a quem o quiser apreciar.

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