sábado, 1 de agosto de 2009

Palhaço de Agosto

Este mês não me afasta da minha residência habitual. É a primeira vez. Ou em linguagem administrativa: não vou de férias. Mas isto soa-me extravagante. Como se eu fizesse algum esforço por dotar a minha a minha vida com novidade, repetição, obrigação ou costume. A pedra de toque é a palavra «esforço». Eu não me esforço para nada. Nasci para viver. Nada me dá dor de cabeça. A vida corre, como um rio, e eu sou uma rocha que não querendo obstruir o curso natural, deixa que a erosão a torne escorregadia. A amenidade dos deveres resulta-me agradável. E não penso abandonar o blogue, o que também se inscreve, principalmente, na série de acontecimentos acidentais. Não vou transformar Agosto, de modo nenhum, num Novembro. Vou aproveitar a oportunidade e dotar este mês, para além da dignidade, com a importância que ele merece. Serei um palhaço de Agosto. Gostava de ter algumas confissões a fazer. Teria oportunidade de as revelar e poder atormentar-me durante as próximas quatro semanas.

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