Javier Bardem, num filme de Bigas Luna (Huevos de Oro), aparece no papel de um construtor civil que enriquece construindo arranha-céus em Benidorm. E depois o grande erro de planeamento: logo no dia seguinte vi, finalmente, esse domínio da «linguagem urbana» actual que é Vicky Cristina Barcelona. Desde o «conflito» entre paixão e dever, que como não é louco nem trágico (esse WA já não existe) e apenas normalóide aborrece-me um pouco, até à presença infantil de um «narrador» que é o indício remoto de alguma ironia de WA ao fazer um filme perfeitamente «plano». Tudo muito reconhecível e plasmável num convívio sortudo e variado de quinta-feira à noite.
Demorei o meu tempo a separar as duas interpretações do sempre jovem Bardem. Principalmente porque concretiza nos dois filmes o desejo de ver brincar duas meninas. Maria de Medeiros e Maribel Verdú, no caso de Bigas Luna. Sinal dos avanços na Península, agora já não é um construtor civil novo-rico e sim um artista quem potencia a fantasia. As diferenças continuam na diplomacia de Juan António e no calor e pressa de Medeiros e Verdú. Depois: um Javier Bardem improvável, embora lindíssimo, uma Scarlett Johanssen recém-chegada de Tóquio, como se só tivesse retocado o estado de espírito em função da cidade, e claro, sempre boazona, uma Rebecca Hall convincente e corroborada pela ausência de mamas, finalmente, uma Penélope Cruz verdadeira alma do filme. Recupero Bigas Luna e dou-lhe quinze anos de desconto. Huevos de Oro não é um filme mau, ou pelo menos não tão pior que este blockbuster tipo sexo e a cidade em versão Sininho.
Demorei o meu tempo a separar as duas interpretações do sempre jovem Bardem. Principalmente porque concretiza nos dois filmes o desejo de ver brincar duas meninas. Maria de Medeiros e Maribel Verdú, no caso de Bigas Luna. Sinal dos avanços na Península, agora já não é um construtor civil novo-rico e sim um artista quem potencia a fantasia. As diferenças continuam na diplomacia de Juan António e no calor e pressa de Medeiros e Verdú. Depois: um Javier Bardem improvável, embora lindíssimo, uma Scarlett Johanssen recém-chegada de Tóquio, como se só tivesse retocado o estado de espírito em função da cidade, e claro, sempre boazona, uma Rebecca Hall convincente e corroborada pela ausência de mamas, finalmente, uma Penélope Cruz verdadeira alma do filme. Recupero Bigas Luna e dou-lhe quinze anos de desconto. Huevos de Oro não é um filme mau, ou pelo menos não tão pior que este blockbuster tipo sexo e a cidade em versão Sininho.
Sem comentários:
Enviar um comentário