terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Aquele que se dá por desaparecido

De volta ao país da sexta-feira. Habituei-me muito depressa à prosódia espanhola porque a «prosápia» do primeiro-ministro do país do domingo (ou da segunda-feira) enjoou-me sobremaneira, muito lenta, muito plástica, muito injectora de auto estima mas por meio de duas injecções nas nádegas: querem-nos fazer crer que temos um PM elegante; se não for o cúmulo da ironia só pode ser um presente envenenado. Quanto à «prosápia» propriamente dita. Talvez seja uma questão de léxico. Falando com menos quantidade de palavras é mau para a literatura mas bom para o eleitor e principalmente deixa menos espaço para aquela benevolência forçada que através da corridinha pela fresca se afasta do homem com quem eu me cruzava à saída do pavilhão do NERCAB. Esse homem nem se deu por desaparecido. Eu é que devia dar-me por desaparecido durante mais um mês mas prefiro continuar a não escrever coisa com coisa nos intervalos de Santiago. Bom feriado de Reis.

Sem comentários:

Enviar um comentário