quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006
Ando a ver
O que eu ando a ver. Neve, neve em Évora. Em todas as vertentes em que não bate o sol, (batem-se punhetas à sombra); muito frio e gelo a confundir as ovelhas e as vacas. O Alentejo com neve, mas mal se entra na Estremadura espanhola, herdades a perder de vista, não é que de repente a agricultura é viável? acabam-se os hectares de campos incultos e quero acreditar que a culpa não é dos alentejanos. Folhas amarelas de livros, isso então, depois também se vê muita coisa que seria fastidioso estar aqui a empilhar, principalmente em Lisboa, mas não quero adormecer tão depressa, gostei alguma coisa do Vigaristas de Bairro embora não me admirasse se Woody Allen um dia ameno enveredasse pela carreira de bailarino, ser velho já não é razão suficiente para ter juízo. Ando a ver, a ideia de movimento aqui é exagerada, se a Declaração de Bolonha ainda acaba num expediente utilizável a meu favor, sorte, foi o que sempre disse, prazeres e dissabores, é para o que se está guardado. A Madame de Marelle influencia-me um pouco, a comunicação que faço é ser influenciável, cada um poderá ter um depósito próprio de imundices. Ando a ver corpos estilizados aos quais sou devoto, gosto muito, sou um animal no sentido que Darwin quis dar, o que não afasta a minha preferência por civilização naquele sentido que as várias gerações de portugueses querem tirar, são interessantes essas discussões de querer resolver a questão da nossa pequenez com gestos largos e pensamento horizontal, que neste post, termina já, remete para horizonte, substantivo com que nunca se deve acabar um post nem começar um poema.
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