"Só existe uma coisa: basta ousar! Cheguei então a uma ideia, pela primeira vez na vida, a que antes ninguém tinha chegado! Ninguém! Vi de repente, de modo claro como o Sol: como é que ninguém se atreveu até hoje, nem se atreve, ao passar ao lado de todo este absurdo, em pegar em tudo isto pelo rabo, pura e simplesmente, e a arremessá-lo para o diabo? E... desejei atrever-me, e matei... apenas tive desejo de atrever-me, Sónia, é essa a única causa! (...) Matei, simplesmente, matei por mim, só por mim (...)"
Fiódor Mijáilovich Dostoievski, Crime e Castigo, lido à uns anos por um Woody Allen de olhos esbugalhados.
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